Cidade de São Paulo apresenta proposta para desvio de cratera na Marginal Tietê
Também foi instituído um comitê de acompanhamento da situação, com recursos investigativos para apurar o que causou o desmoronamento
Uma proposta de rota de desvio para a cratera aberta na Marginal Tietê após o desmoronamento de obras do metrô, na terça-feira (1º), foi publicada nesta quarta-feira (2) no Diário Oficial do município de São Paulo, que também trouxe a criação de um comitê de apuração das causas do incidente.
Segundo a proposta, o motorista que trafega na pista local da Marginal Tietê sentido Ayrton Senna teria que desviar para a rua Aquinos na altura do desmoronamento, passar por uma nova via sugerida pelo plano e retornar à Marginal logo a frente.
Nesta quarta, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), autorizou que fossem tomadas “as providências necessárias para implementação, em caráter emergencial, dos planos viários de contingência apresentados”, incluindo a “requisição administrativa de áreas privadas” que estiverem no caminho da futura nova via.
As estimativas de Nunes é que as obras para contenção do aumento da cratera e do vazamento do duto de esgoto, que invadiu obras da linha 6-Laranja do metrô, possam durar dez dias.
O rodízio de veículos está suspenso na capital até a sexta-feira (4), e há abertura total apenas da pista expressa até o momento.
O Diário Oficial do município também registrou a criação de um comitê executivo, formado junto às secretarias de Transportes Metropolitanos e Infraestrutura e Meio Ambiente, para "acompanhar a apuração dos fatos e responsabilidades relacionados ao acidente ocorrido nas obras da Linha 6– Laranja do Metrô, monitorar o cumprimento das providências necessárias e assegurar a transparência das medidas adotadas, com informação a toda a população".
O comitê está autorizado a avaliar danos causados pelo incidente e propor sugestões com outros órgãos, incluindo concessionárias privadas -- no caso da Linha 6-Laranja, a empresa responsável pelo consórcio de construção é a italiana Acciona.
O comitê deverá divulgar relatórios periódicos sobre o andamento dos trabalhos e, no fim, apresentar uma análise final "dos resultados das diligências e perícias produzidos e as providências realizadas".
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