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Mudanças no estatuto da Petrobras facilitam indicações políticas para cargos executivos O presidente

Foto do escritor: AB Agência BrasilAB Agência Brasil


Mudanças no estatuto da Petrobras facilitam indicações políticas para cargos executivos

O presidente da Petrobras disse, nesta quinta (30), ao Jornal Nacional que esses itens do estatuto só repetiam artigos da lei das estatais e, por isso, não precisavam estar ali: 'Houve um certo exagero, e até um pouco de obtusidade, na interpretação da generalidade desse dispositivo'.

Acionistas da Petrobras aprovaram mudanças no estatuto da empresa que facilitam indicações políticas para cargos executivos.

A Assembleia Geral Extraordinária aprovou as mudanças no estatuto com maioria apertada: 54,98% dos votos. Como o governo, que é o controlador da Petrobras, tinha maioria garantida para a aprovação, o resultado indica uma oposição dos acionistas minoritários da empresa: quase 32% votaram contra a mudança, além de 13% de abstenções. O temor dos minoritários e de investidores do mercado é que as mudanças aprovadas nesta quinta-feira (30) facilitem indicações políticas para o conselho e para cargos de direção da Petrobras. O especialista em energia e petróleo Edmar de Almeida diz que uma empresa de capital aberto como a Petrobras precisa de transparência em todas as decisões e nomeações:

“É muito importante que isso seja bem explicado, qualquer modificação, de maneira a não passar a imagem que nós estamos retrocedendo a uma prática de governança que foi desvendada durante os escândalos da Operação Lava Jato, onde se viu que você tinha uma governança muito frouxa, uma governança que realmente acabou levando a empresa para uma trajetória econômica e de práticas de gestão muito inadequadas”.

Em outubro, quando o conselho da empresa indicou que iria relaxar os critérios para a nomeação de gestores, o mercado reagiu negativamente e as ações da empresa caíram quase 6%.

“Toda empresa estatal tem o risco de interferência do governo da época - isso aconteceu no governo anterior e em outros -, mas é preocupante, porque já tinham tomado uma medida para blindar e querem acabar com essa blindagem. Coloca um risco adicional”, afirma Flávio Conde, analista da Levante.

As mudanças mexem no artigo 21 do estatuto da Petrobras. O artigo exigia, por exemplo, que ex-dirigentes de partidos cumprissem uma quarentena de três anos antes de assumir cargos na direção da empresa.

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