Rodovia Anhanguera
- AB Agência Brasil
- 2 de nov. de 2024
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Rodovia Anhanguera
A Rodovia Anhanguera ou anteriormente denominada Via Anhanguera (SP-330) é uma rodovia brasileira do estado de São Paulo, considerada uma das mais bem conservadas rodovias do país, classificando-se na segunda posição do ranking elaborado através de pesquisa rodoviária de 2013, realizada pela Confederação Nacional do Transporte.[1] Faz parte do sistema BR-050, que liga Brasília a Santos.
A Rodovia Anhanguera liga São Paulo com a região nordeste do estado, passando por importantes cidades industriais e a uma das mais produtivas áreas agrícolas. É uma das mais importantes rodovias do Brasil e uma das mais movimentadas, com o trecho de maior tráfego entre São Paulo e Campinas, o primeiro a ser construído. É duplicada, contendo trechos com faixas adicionais e pistas marginais. Têm um tráfego pesado, especialmente de caminhões. É considerada, juntamente com a Rodovia dos Bandeirantes e Rodovia Washington Luís, o maior corredor financeiro do país, pois interliga algumas das regiões metropolitanas do estado como São Paulo, Jundiaí, Campinas e Ribeirão Preto, assim como o Aglomerado Urbano de Franca e a Região Administrativa Central.
Tipo de via: Duplicada (pista dupla)
História
A primeira menção da estrada que se tornaria a Rodovia Anhanguera foi uma carta de 1720 do alferes José Peixoto da Silva Braga, enviada ao padre Diogo Soares, na qual está indicado o roteiro que aquele oficial havia seguido com a bandeira do Anhanguera, o moço. Registra que o famoso Bartolomeu Bueno da Silva saíra de São Paulo com uma tropa de 152 homens armados, acompanhados de dois religiosos bentos e providos de 39 cavalos. Entre São Paulo e Campinas, a travessia foi feita em cinco dias, quatro deles em romper matas, até ser atingido o Rio Mojiguaçu.
Em 1774, o caminho percorrido por Anhanguera era uma estrada de terra entre São Paulo, Jundiaí e Campinas, servindo os tropeiros e viajantes que exploravam o interior em busca de ouro, pedras preciosas e escravos.
A primeira versão da estrada moderna, conhecida como Estrada Velha de Campinas (SP-332), foi iniciada em 1916 com a mão de obra de 84 sentenciados, que construíram 32 Km. A São Paulo–Campinas, antecessora da Anhanguera, foi concluída em 1921, quando existiam, em todo estado de São Paulo, pouco mais de três mil carros de passageiros e 100 caminhões.
Em 1920, Washington Luís, presidente do estado, determinou a aceleração dos trabalhos da São Paulo-Jundiaí e seu prolongamento até Campinas. Autorizou a contratação de trabalhadores assalariados, que substituíram os presidiários. Foi a primeira estrada planejada e executada em função dos veículos motorizados. No ano de 1920, era iniciada a construção do trecho de Campinas até Ribeirão Preto.
Em 1940, no dia 25 de janeiro, tinham início, pelo interventor federal Adhemar Pereira de Barros, as obras de construção da nova rodovia São Paulo-Campinas, com traçado diferente, que passou a chamar-se, oficialmente, Via Anhanguera.
Oito anos depois, em 22 de abril de 1948, no segundo governo de Adhemar de Barros, surgia a primeira pista pavimentada da rodovia ligando a capital a Jundiaí e, depois, a Campinas. Em 1953, a segunda pista, tornando-se a primeira rodovia pavimentada e duplicada do país. Nove anos depois, começavam as obras de construção e pavimentação do novo acesso da Anhanguera a Campinas. Em março de 1976, a DERSA assumia o controle do km 10 ao 110.
Em 19 de agosto de 1996, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) inaugurou, às margens da rodovia, o seu complexo de centro de televisão, conhecido como CDT da Anhanguera, para substituir os antigos estúdios da Central de Produções da Vila Guilherme, Teatro Silvio Santos (Av. Gal. Ataliba Leonel 1772 com Rua Azir Antônio Salton, 232), Fábrica de Cenários da Rua dos Camarés do Carandiru e Estúdios do Sumaré, sendo considerado um dos maiores centros televisivos da América Latina. O trevo de acesso da Rodovia Anhanguera para o Rodoanel recebeu o nome de Complexo Viário Silvio Santos, em homenagem ao fundador do SBT.[2]
Origem do nome
O nome da rodovia, Anhanguera, homenageia os famosos bandeirantes dos séculos XVII e XVIII Bartolomeu Bueno da Silva, pai e filho, que compartilhavam tanto o nome "Bartolomeu Bueno da Silva" quanto o apelido "Anhanguera": este último, termo tupi que significa "diabo velho" (anhanga, diabo + ûera, velho).[3]
A rodovia
Via Anhanguera na região de Perus, km 24 sentido norte
Inicia-se no km 10 na Rua Monte Pascal, ainda no bairro da Lapa, na capital paulista e vai até o km 453, em Igarapava, junto à ponte sobre o Rio Grande, divisa natural com o estado de Minas Gerais. É denominada - SP-330 (São Paulo) - Campinas - Ribeirão Preto - Divisa Minas Gerais (Igarapava), nesse trecho de estrada.
Originalmente, com 80 Km de extensão, entre São Paulo e Campinas, a SP-330 hoje soma 442 Km, até Igarapava, sendo a terceira maior rodovia do estado. Pista dupla, tráfego intenso, de São Paulo a Limeira, com acesso à Rodovia Washington Luís para Rio Claro, São Carlos, Araraquara, São José do Rio Preto e outras.
As concessionárias executam serviços de obras e melhoramentos em vias marginais, faixas adicionais, passarelas, sinalizações, recapeamentos, iluminação, etc.
Possui postos de pedágios, bases da Polícia Rodoviária, passando por trechos de muita beleza. Além de serviços nas vias de circulação, foi investido em controle e segurança instalando telefones de emergência por toda a rodovia, cabos de fibra ótica para comunicação, estações de controle de tráfego e câmeras de monitoramento. Há equipes disponíveis para prestar socorro mecânico incluindo guinchos e serviços de primeiros socorros com ambulâncias.
Entre as principais obras realizadas destaca-se a criação de vias marginais na Região Metropolitana de Campinas e Região Metropolitana de Ribeirão Preto (pela Autovias e Vianorte), e na Região Metropolitana de Jundiaí (pela AutoBan).
Grandes obras foram realizadas pela AutoBan na remodelação dos trevos no km 98 Campinas, conhecido como Trevo da Bosch, considerada uma das maiores do sistema Anhanguera-Bandeirantes. O trevo faz a interligação de Campinas a Monte Mor e dá acesso a importantes indústrias da região e o trevo do km 58 (Jundiaí), o principal trevo do município, recebeu nova configuração geométrica. A obra de ampliação e reforma do local facilitou o acesso ao bairro Malota, ao centro da cidade, a rodovias para ir a Itupeva e Itatiba.
Entre as obras de recuperação da pista de rolamento destacam-se obras realizadas pela AutoBan na Região Metropolitana de Campinas onde foi removido o asfalto da pista a direita e aprofundado o solo em mais de meio metro para compactar o solo e preencher com brita, tornando a pista de rolamento mais resistente a carga pesada. A Vianorte empregou pela primeira vez na América do Sul um sistema para restaurar o pavimento por meio de termorregeneração, técnica mais conhecida como reciclagem a quente no próprio local. A técnica, usada há vários anos no exterior, já foi aplicada no Brasil nos anos 80 e que ressurge modernizada, de maneira a prevenir a deterioração do asfalto.
A Rodovia uma das mais movimentadas do país, corta importantes centros urbanos, como a Região Metropolitana de Campinas, neste trecho a rodovia apresenta-se ainda totalmente às escuras. A falta de Iluminação confere a rodovia um risco a todos que por ela transitam, sendo frequentes os relatos de assalto em pontos de ônibus, atropelamentos e acidentes ao longo dos trechos urbanos..
Trajeto
O trajeto da Rodovia Anhanguera cruza os seguintes municípios, todos no estado de São Paulo:
Km | Município | Região | |
10 | |||
18 | |||
35 | |||
56 | |||
71 | |||
75 | |||
82 | |||
92 | |||
115 | |||
119 | |||
125 | |||
148 | |||
156 | |||
169 | |||
192 | |||
194 | |||
210 | |||
227 | |||
241 | |||
274 | |||
292 | |||
307 | |||
330 | |||
355 | |||
363 | |||
381 | |||
399 | |||
410 | |||
426 | |||
437 | |||
443 |
Administração e Concessionárias
A rodovia é atualmente gerida por quatro empresas privadas e, portanto, possui pedágios em toda a sua extensão. [4]
AutoBAn: do km 11 até o km 158
Intervias: a partir do km 158 até o km 240
Autovias: do km 240 até o km 318
Entrevias: do km 318 até o km 449,900
DER-SP: do km 449,900 ao km 453
Sistema Anhanguera-Bandeirantes
Em conjunto com a Rodovia dos Bandeirantes, que possui traçado semelhante à Via Anhanguera até o final de sua extensão, forma-se o chamado Sistema Anhanguera-Bandeirantes, hoje administrado pela concessionária AutoBan. Assim, por quaisquer das duas rodovias, o usuário paga as mesmas tarifas de pedágio, tem direito aos mesmos serviços de apoio e acessos intercalados à rodovia congruente. Assim, a pessoa que fará uma viagem de São Paulo a Limeira, pode optar seguir o trajeto integral na Rodovia Anhanguera, na Rodovia dos Bandeirantes ou parte em cada uma.
O acesso à Rodovia dos Bandeirantes pode ser feito nos seguintes trevos:
km 11 - Marginal Tietê (São Paulo)
km 23 - Rodoanel (Complexo Viário Mário Covas) (São Paulo)
km 48 - Interligação Anhanguera-Bandeirantes (Jundiaí)
km 61 - Rod. Dom Gabriel (Jundiaí)
km 86 - Anel Viário Magalhães Teixeira (Valinhos)
km 92 - Rodovia Santos Dumont (Campinas)
km 98 - Rodovia Francisco Aguirra Proença (Campinas)
km 103 - Rod. Adalberto Panzan (Campinas)
km 120 - Rodovia Luís de Queirós (Americana/Santa Bárbara d'Oeste)
km 153 - Rodovia Washington Luís (Cordeirópolis)
km 170 - Interligação Anhanguera-Bandeirantes (Cordeirópolis)
Relato descritivo rodoviário
km 10 - Início rodovia na Rua Monte Pascal, bairro da Lapa, cidade de São Paulo
km 11 - Acesso a São Paulo (Marginal Tietê) (Complexo Viário Olavo Egydio Setúbal)
km 11 - Início da administração da AutoBan
km 18 - Acesso a Osasco, São Paulo (Pico do Jaraguá, Parque Anhanguera)
km 22 - Acesso ao Rodoanel (Complexo Viário Silvio Santos)
km 27 - Acesso a São Paulo (Chácara Maria Trindade) (Apenas sentido São Paulo)
km 29 - Acesso a Cajamar (Polvilho) e Santana de Parnaíba (via Avenida Tenente Marques)
km 35 - Balança do DER-SP
km 38 - Acesso a SP-354 para Campo Limpo Paulista, Caieiras, Várzea Paulista
km 39 - Acesso a Cajamar (Jordanésia)
km 50 - Acesso à Rodovia dos Bandeirantes
km 52 - Balança - obrigatória (Apenas sentido São Paulo)
km 54 - Radar fixo (sentidos norte e sul)
km 53 - Acesso a Jundiaí (Av. 14 de Dezembro)
km 55 - Acesso a Jundiaí (Rodoviária, Avenida Nove de Julho e Rua União)
km 58 - Acesso a Jundiaí (Av. Jundiaí)
km 60 - Radar fixo (sentido norte)
km 61 - Acesso à Rod. Dom Gabriel para Aeroporto de Jundiaí, Vetor Oeste, Itu, Itupeva, Itatiba
km 65 - Acesso ao Bairro do Poste, Vida Completa SerrAzul, Hopi Hari
km 71 - Acesso a Louveira
km 75 - Acesso a SP-324 para Vinhedo, Campinas (Viracopos, Jd. São Domingos)
km 82 - Pedágio (Autoban) - pista Norte
km 82 - Acesso a Valinhos
km 86 - Acesso à Rodovia Magalhães Teixeira para Campinas (Jardim São Gabriel, Jd. Palmeiras, Sousas, Jq. Egídio), Mogi Mirim, Jacareí
km 90 - Acesso a Campinas (Pq. Jambeiro, Swiss Park)
km 92 - Acesso a Rodovia Santos Dumont para Campinas (Centro), Indaiatuba, Sorocaba
km 98 - Acesso à Rod. Fco. A. Proença para Campinas (Jd. Chapadão, Jd. IV Centenário), Monte Mor, Capivari
Km 103 - Acesso à Rodovia Adalberto Panzan para Rodovia dos Bandeirantes
km 104 - Acesso à Rodovia D. Pedro I para Campinas (Barão Geraldo, São Marcos, Santa Genebra, Pq. Universidades), Jacareí, Paulínia, Mogi Mirim
km 109 - Radar fixo (sentido norte)
km 110 - Balança - obrigatória
km 110 - Acesso a Paulínia (via Rod. Adauto Campo Dall'Orto), Hortolândia (via Estrada Valêncio Calegari)
km 115 - Acesso a Sumaré
km 119 - Acesso a Nova Odessa
km 120 - Acesso à Rodovia Luís de Queirós para Americana, Santa Bárbara D'Oeste, Piracicaba
km 122 - Radar fixo (sentido norte)
km 125 - Acesso a Americana
km 148 - Acesso a Limeira
km 153 - Acesso à Rodovia Washington Luís para São Carlos, Araraquara e São José do Rio Preto
km 156 - Acesso a Cordeirópolis
km 158 - Fim da administração da AutoBan e começo da Administração da Intervias
km 169 - Acesso a Araras
km 192 - Acesso a Leme
km 194 - Acesso a Santa Cruz da Conceição
km 206 - Acesso a SP-225 e à Academia da Força Aérea
km 210 - Acesso a Pirassununga, além de acesso a SP 201, para o Distrito Turístico de Cachoeira de Emas
km 215 - Pedágio (Intervias), além de ter a visão de todo o prédio administrativo do campus da USP de Pirassununga
km 220 - Via Syrio Ignatios
km 224 - Avenida do Comércio
km 225 - Shopping das Fábricas
km 226 - Porto Ferreira
km 227 - Acesso a Avenida Engenheiro Nicolau de Vergueiro Forjaz e SP-215
km 229 - Região Norte de Porto Ferreira e SP-215 (santa Cruz das Palmeiras)
km 240 - Fim da administração da Intervias e começo da administração da Autovias
km 241 - Acesso a Santa Rita do Passa Quatro
km 246 - Usina santa Rita e Parque Estadual da Vassununga
km 292 - Acesso a Cravinhos
km 305 - Acesso a Ribeirão Preto (Rua Dr. José Ribeiro Ferreira, bairros Recreio das Acacias e Jd. São José e acesso á Av. Maurilio Biagi)
km 307 - Acesso a Ribeirão Preto (Avenida Maurilio Biagi, bairros Ribeirânia, Santa Cruz e Irajá)
km 318 - Fim da da administração da Autovias e começo da administração da Entrevias
km 318 - Acesso a Ribeirão Preto (Quintino, Tanquinho, Vila Carvalho e SP-334)
km 330 - Acesso a Jardinópolis
km 355 - Acesso a Sales Oliveira
km 363 - Acesso a Orlândia
km 381 - Acesso a São Joaquim da Barra
km 399 - Acesso a Guará
km 410 - Acesso a Ituverava
km 443 - Acesso a Igarapava
km 449,730 - Fim da administração da Entrevias e início da administração do DER-SP
km 453 - Divisa estadual com MG. Fim da SP-330 e início da BR-050
Localização dos pedágios
Pedágio | km | Sentido | Concessionária | Município | |
1 | 26 | Norte/Sul | |||
2A | 81 | Sul | |||
2B | 82 | Norte | |||
3 | 118 | Norte/Sul | |||
4 | 152 | Norte/Sul | |||
5 | 181 | Norte/Sul | |||
6 | 215 | Norte/Sul | |||
7 | 281 | Norte/Sul | |||
8 | 350 | Norte/Sul | Entrevias | ||
9 | 415 | Norte/Sul |
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