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Sepse, retransplante e mais: o que os termos médicos revelam sobre o quadro de Faustão Cirurgias em sequência, histórico de insuficiência cardíaca e infecção grave aumentam a complexidade do tratament

Sepse, retransplante e mais: o que os termos médicos revelam sobre o quadro de Faustão

Cirurgias em sequência, histórico de insuficiência cardíaca e infecção grave aumentam a complexidade do tratamento e exigem cuidados intensivos.

Faustão passa por transplante de fígado e retransplante renal em SP

O apresentador Fausto Silva, 75, segue internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde 21 de maio, após uma infecção bacteriana aguda evoluir para sepse — uma reação inflamatória generalizada que pode levar à falência de órgãos. Nesta semana, ele passou por duas cirurgias de grande porte em sequência: um transplante de fígado e um retransplante renal --procedimento que já estava programado há um ano.

O quadro de saúde de Faustão é considerado complexo.

Ele já havia recebido um coração em agosto de 2023 e um rim em fevereiro de 2024.

Médicos ouvidos pelo g1 explicam que múltiplos transplantes em um curto intervalo representam um enorme desafio para o organismo: além de exigir compatibilidade entre diferentes órgãos e sistemas — como fígado, rim e coração funcionando em conjunto —, o corpo precisa se adaptar ao uso contínuo de imunossupressores para evitar rejeição, o que também aumenta o risco de infecções.

A seguir, entenda os principais termos médicos relacionados ao caso e por que eles ajudam a dimensionar a gravidade da situação.


Sepse


De acordo com o cirurgião Rodrigo Surjan, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e do American College of Surgeons, a sepse é uma resposta inflamatória intensa do corpo a uma infecção grave.

Ao tentar combater o agente infeccioso, o sistema imunológico desencadeia uma reação que pode provocar queda acentuada da pressão arterial, insuficiência renal, cardíaca e respiratória.

Os sinais incluem febre ou hipotermia, confusão mental, diminuição da produção de urina e aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração.

Para a cirurgiã Vanessa Prado, do Hospital Nove de Julho, o quadro é ainda mais perigoso em pacientes transplantados.

“O organismo não tem tempo hábil para se recuperar de um grande procedimento quando já enfrenta uma infecção grave”, afirma.


Múltiplos transplantes


Faustão já foi submetido a transplantes de coração, rim e fígado.

Segundo Vanessa Prado, passar por procedimentos desse porte significa lidar com um desgaste metabólico extremo.

“Não é apenas trocar um órgão; é reorganizar todo o funcionamento do corpo para que rim, coração, fígado e pulmão trabalhem de forma integrada”, explica.

Surjan acrescenta que pacientes que já receberam um transplante têm mais chance de rejeitar novos órgãos e enfrentam maior dificuldade para encontrar doadores compatíveis, devido à sensibilização do sistema imunológico.


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